bug do fortune tiger O que o governo pode fazer para reduzir o preço dos alimentos? Economistas comentam
O governo anunciou que pretende agir para conter a inflação dos alimentosbug do fortune tiger， estudando medidas como alterações no prazo de validade dos produtos e venda de medicamentos em supermercados. Economistas afirmam， no entanto， que as ações têm alcance limitado e não atacam as principais causas da alta de preços —incerteza fiscal， alta do dólar e impactos do clima nas safras.
As ações sobre os preços dos alimentos vieram à tona após o ministro Rui Costa (Casa Civil) dizer em uma live， nesta quarta-feira (22)， que realizaria um conjunto de "intervenções" para baratear os valores.
Segundo especialistas ouvidos pela Folha， intervenções são erros do passado e o governo deve focar ajustes fiscais robustos e políticas macroeconômicas sólidas em vez de medidas pontuais.
Feira livre da rua Ministro Godoi， em Perdizes， na cidade de São Paulo.
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Danilo Verpa/Folhapress
"Soluções como interferir diretamente nos preços são equivocadas. O histórico mostra que não funcionam em nenhum lugar do mundo"， diz Jackson Bittencourt coordenador do curso de ciências econômicas da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná).
Após a repercussão negativa da declaração， a pasta emitiu nota dizendo que o termo usado foi um equívoco e que seriam adotadas "medidas" para reduzir os preços.
Jogue Agora comZA9BET - Slots Exclusivas naZA9BET™Entre elas， havia a hipótese de que o governo mexeria na regra do prazo de validade dos alimentos —uma proposta feita pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados). Com as críticas nas redes sociais， o governo descartou essa possibilidade.
Folha Mercado furtune tiger777"Essa mudança teria um custo irrisório para ser implementada e poderia reduzir de forma significativa a taxa de desperdício de alimentos no Brasil. No entanto， seria excesso de otimismo acreditar que ela terá impacto rápido e forte no preço dos alimentos"， afirma Thomas Conti， professor de economia no Insper e no IDP (Instituto de Direito Público).
O economista e colunista da Folha Samuel Pessôa também afirma que a mudança não teria efeito direto na alta dos preços.
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Para Heron do Carmo， professor da FEA-USP (Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo) e especialista em inflação， medidas microeconômicas podem trazer mais ruídos que soluções para o governo.
"É melhor focar em questões estruturais， como a política econômica e a melhora do câmbio e dos juros"， diz.
É consenso entre os economistas ouvidos pela reportagem que a solução deve passar por um ajuste fiscal e uma política econômica clara， capazes de reduzir a volatilidade do câmbio e criar um ambiente mais estável para produtores e consumidores.
"O foco está errado. O governo precisa atacar o problema fiscal， não os preços dos alimentos. A única coisa que o governo poderia fazer hoje para acalmar as expectativas é o que ele não fez no pacote de corte de gastos de novembro， que é realizar um ajuste fiscal robusto"， afirma Sérgio Vale， economista-chefe da consultoria MB associados.
O mercado tem questionado a capacidade do governo de promover uma estabilização do endividamento públicobug do fortune tiger， o que afeta as taxas de câmbio. Quando o dólar sobe， há um impacto direto na cadeia produtiva de alimentos， uma vez que muitos insumos e equipamentos utilizados são importados.